quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O erro sempre meu

  Eu tenho que quebrar a cara para aprender o que já sei... Mas fazer o quê?

  Estava pensando muito no meu futuro impossível e esqueci de viver a minha vida. Eu sou jovem e estou me preocupando com coisas que nem deveriam existir por agora. Eu sou muito tapada mesmo.
  Eu tenho tudo que eu amo ao meu redor e tenho uma vida feliz, cheia de pessoas maravilhosas, tenho professores talentosos e o melhor é que eu posso ser tudo o que eu quiser, e fazer o que eu quiser. Não, não estou falando de The Sims...  Minha vida real sempre foi ótima e eu nunca percebi isso.
  Eu já vivi mais que muita gente velha. Eu já vivi! Eu consegui ver felicidade no movimento que a chuva fazia na lama e ouvir o vento me dar forças, algumas vezes eu ri de mim mesma, eu já me libertei totalmente de minha mente e fui livre pra ser eu mesma. Eu consegui ver o mundo de um modo extraordinário. E isso me faz estar vida.
  Acho que morrer não é o problema, mas não viver. Eu vejo tantas pessoas mortas por aí; andando, rindo, bebendo do mesmo modo que foram programadas para fazer. São robos tolos que vivem a vida com medo de ser quem eles são.
  Às vezes eu fui um robo idiota, por puro medo. Mas eu me arrependo muito do que não faço, por isso ultimamente tenho feito quase tudo que quero. Algumas coisas não faço, porque sei que vou ferir outra pessoa.
  Se só se vive uma vez, foda-se, viva. Eu não sei porque passei tanto tempo em frente à uma máquina fazendo nada. Isso é idiota, eu poderia estar vivendo a vida de verdade.
  Eu precisava escrever isso e precisava ouvir a K cantar. Sei lá, agora me sinto mais leve. Precisava mandar um foda-se pra merda do meu coração (ou qualquer merda que isso seja), já tava enchendo o saco. Se quer o único conselho bom: Não siga seu coração. Pronto, acabei de salvar a sua vida. O coração é tolo, ele julga tudo por sentimento e isso impede que você veja o que é real (depois eu falo mais sobre isso). Faça o que tem que fazer, você sabe o que é melhor para você, seu coração não...
  Eu não pretendia escrever nada disso, mas acho que eu precisava saber que sabia disso. É estranho saber que por mais que eu saiba eu não sei. Ás vezes, eu estou cansada de ouvir, e cansada de repetir para mim mesma, eu preciso quebrar a cara um, duas, mil vezes para aprender algo.
  E agora que eu me sinto mais leve e menos estúpida, posso ver um novo horizonte. Acho que encontrei um pouco de paz em meu espírito e finalmente sorrir de verdade. Às vezes tive que mentir dizendo que estava tudo bem, isso me deprime. As horas que tive que perder, pensando e procurando o que não me recordava mais, foram compensadoras.
  Tive que assumir algumas responsabilidades e encarar que eu já não era a mesma e nunca mais seria. Tive que me olhar estirada no chão sangrando pelas aberturas que as facas que eu mesma cravei fizeram. Foi triste   me ver aos pedaços e perceber que nada nem ninguém conseguia enxergar ou me ajudar. Tive que achar uma força maior, e se apoiar em mim mesma. Por mais que todo mundo tenha tentado me ajudar, ninguém conseguia ver o que me matava, todos deduziam e apontavam meus erros, mas era muito mais profundo do que os olhos podiam ver.
  Agora eu estou de pé, novamente renovada e lavada por meu sangue. "A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional." Demorei até perceber isso. Cansei de sofrer e me fazer de coitada, lamentando minhas dores para mim mesma... Agora chega! Eu não quero ser a perdedora. Sempre desdenhei pessoas fracas, eu não preciso ser uma delas. Eu sou forte, sempre fui!
  Chega também de me humilhar por nada, cansei de abaixar minha cabeça. Já perdi a autoestima por causa disso, não perderei mais nada! E chega de prometer e prometer, quero mostrar o que eu posso.  E vou. Meus dias de lágrimas, dores, medos e fraquezas já foram... Para não mais voltar!
  "Vida longa à minha nova vida!"

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