segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Funeral Caseiro

  Você pode escolher entre o azul e o cinza.
  Pegue um saquinho e espere seu par para dividir.
  Enquanto essa doce voz te envolve,
  Prepara o teu corpo para dormir.

  E quando abrir a porta
  Você terá um funeral em casa.
  Todos os anjos em negro estarão.
  Apenas te esperam.

  Você foi enganada de novo.
  Agora reza para deuses que não existem.
  Tentando se equilibrar numa queda.
  Segure nesse braço que não pode ver.

  Como sonambulos
  Todos vocês sairão de suas casa.
  Para ver as águas que prometem.
  E afogarão teus corpos velhos e esquecidos.
  Ninguém retornará.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sábados

  O que me importa? Quem se importa?
  É um mamilo feminino.
  Deixe a dor te consumir até estancar.
  O carros passam as vezes.
  Talvez amanhã.
  Vá se foder.
  O que me importa?
  Tão salgado.
  Eu queria sentir o gosto dele.
  Mas você me cansa.
  São essas vagabundas inaturais.
  Eu odeio você.
  Eu amo você.
  Me segure.
  Eu estou caindo como
  Você...


  Espelhos
  Por toda a parte.
  E você
  Nunca calam a boca.
  É essa sua estéticas.
  São todas tolas e indignas.
  Eu odeio vocês.
  Cale a boca, só hoje.
  Eu sei como te manipular.

  Covardes.
  Amanhã eu jantarei sozinha.
  Uma taça de vinho
  Um cigarro.
  Não bebo,
  Não fumo.
  Mas canto.
  Sozinha de novo.
  Um ou dois amigos invisíveis.

  Gosto de pensar que existe um deus que me ama.
  Talvez ele me ache assim.
  Você se importa?
  Foda-se...
  Eu achei que você gostava de mim.
  Mas, mesa pra um por favor.
  Hoje eu brindo ao não.

  Amanhã eu não triunfarei.
  Por que sou assim.
  A vitória foi feita para poucos.
  Amanhã.
  De novo aqui.

  Soluçar.
  E observar.
  Arranque minha vida.
  Me jogue no mar.
  Apenas não finja.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

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 I HATE! I HATE! I HATE EVERYONE!

 As goteiras pingam desde ontem. Pega esta água amaldiçoada e faz um veneno, beba até teu sangue petrificar. E me aguarde além-mar.
 Você não pode estancar essas feridas no teu peito. Retira-me desse corpo maldito e eu te mostrarei o intangível. Aniquila-me enquanto durmo, depois degola-te.
  Esses formosos rostos que te rodeiam, esses corpos que me oprimem também jazerão. Seremos todos o banquete do esquecimento. E o que restar será meu ódio.
  Que tudo acabe em fogo, pois a loucura e o orgulho ainda residem em minh'alma. Eu quero vê-los suplicar.
  O relógio marca.
  Já é amanhã.