segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

O reflexo

Um cavalo desenfreado
Quebrando a louça
Barulhos estridentes
No banquete de natal

Nada além de um bicho selvagem
Tentando parecer domesticado
Fingindo que sabe usar os talheres

Não importa o quanto tente
Sempre será um destruidor
De taças e pratos?

Na luz fraca e azulada da lua
Sentado sozinho a contemplar
A beleza de seu reflexo

Sozinho
Olhavá-se
Olhava sozinho
O pesado reflexo

E nada via
Além de um cavalo
Solitário

Então correu
Cabelo ao vento
A mente relaxava

Enquanto corria era livre
Não era um cavalo estabanado
Solitário ou pseudo-domesticado
Quando corria era livre do que via em si