sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Contra você(s)

  Eu não sou assim; tão dada, tão aberta quantos seus livros favoritos, não sou assim tão puta. Não sou assim tão bonita quanto sua boca, não sou assim tão especial quanto a sua infância, não sou tão agradável como a sua mãe. Não sou assim, tão comunicativa quantos as propagandas da tv, não sou tão útil quanto papel higiênico, nem tão querida quanto as crianças.
  Não sou boa companhia, não sou boa ouvinte, nem conselheira. Não canto bem, não tenho peitos grandes, nem uma risada bonitinha. Não gosto muito de nada. Não sou como você, não gosto muito de como você é. Tenho problemas psicológicos e não acho-os bacana, você me mata mais do que guerras e nem imagina.
   Não gosto de pessoas putas, não gosto de suas putisses, não suporto suas caras de porno. Odeio tantas partes na sua personalidade quanto eu deveria odiar no meu corpo. Vocês dois são vadias, são vadias do mesmo bairro. Beijem meus pés, seus merdas!
   Eu vomitaria na sua cara se pudesse, porque eu te odeio! Eu odeio qualquer coisa em você só por odiar. Você é tão vagabunda quanto as minhas meias! Ah, como eu te odeio...  Eu odeio vocês três e nem estou bêbada.


  (Por que não me matam logo ao invés de me torturar, assim, tão friamente?... Será que podem ao menos perguntar o meu nome ou se eu almocei...?

  Eu não posso controlar a água ou vento, mas eu tento.
  Eu não posso nem controlar minha expressão, diante dessa situação.
 

  Eu sou um filho de gato na chuva, sozinho...
  Eu me sinto um mendigo sujo pedindo perdão à Deus por existir.
  Eu sou um grão deformado.
  Você não me sente, você nunca verá mais que minha superfície feia, porque você é assim.)