Escorro pela garganta
Esfolando minhas mãos
Numa parede áspera, mas sem aderência
Tentando inutilmente controlar a queda
O medo quer brincar de cabo de guerra
Eu versus eu
Me corpo se contrai
Eu sou a cobra que mordeu a própria cauda
O vento me bate com grãos de areia
Que cortam meu rosto, secam meus olhos
Isso não é mais um jogo
Esta é a guerra que eu vou morrer (?)
300 contra uma
Eu já me preparo para me render
Mas o destino quer me ver sangrar
Me cede um elmo e me empurra para os leões
Cortam-me a pele
Nenhum sangue escorre
Não há como matar uma morta
Isso lhes assusta?
Silêncio, então
Respiro como se fosse a última vez
Meus olhos quase sonolentos avistam
Estão chegando...
Quem?