terça-feira, 11 de junho de 2019

Lâmpadas quebradas

Ombros tensos 
Olhares nômades 
A infecção se espalha

A gota percorre o corpo
Ignorando a densidade do tempo
Caindo sobre um chão que os pés não sentiam

Pelo buraco na janela
O Sol lembrava do fim

O ladrão já espera à porta
O silêncio era o vento 
Que tentava empurrar a montanha

Mãos agarram a chuva
Numa tentativa inútil de matar
A sede que destruía 
O rio é a liberdade
Que aniquila

O limbo e o labirinto
Foram feitos de lar 

O jantar era servido ao corpo inerte
Pontualmente às 18h

Mas se puder olhar além da gaiola 
Verá um céu sem lua