Olhares nômades
A infecção se espalha
A gota percorre o corpo
Ignorando a densidade do tempo
Caindo sobre um chão que os pés não sentiam
Pelo buraco na janela
O Sol lembrava do fim
O ladrão já espera à porta
O silêncio era o vento
Que tentava empurrar a montanha
Mãos agarram a chuva
Numa tentativa inútil de matar
A sede que destruía
O rio é a liberdade
Que aniquila
O limbo e o labirinto
Foram feitos de lar
O jantar era servido ao corpo inerte
Pontualmente às 18h
Mas se puder olhar além da gaiola
Verá um céu sem lua