quarta-feira, 30 de maio de 2012

Noite

  Só não quero ser quem sou.
  Faço tudo errado, meus erros erram. Quando acerto, eu erro. Sempre acho que eu sou o pior que poderia ser. Faça isso ir para longe de mim!
  Reprograme, reprograme! Leve isso para longe de mim! Eu te imploro. Só não quero ser isso hoje. Só não quero que as lágrimas voltem a embaçar minha visão.
  Estou numa cadeia de medos.
  Lágrimas são docemente salgadas. Fazia tempo que não provava seu gosto.
  Me leve para qualquer lugar longe da minha mente. Me tire das corrente que criei. Me sufoco com meus cabelos.
  E mais uma vez sou eu, sempre eu. A garota egoísta. Me sinto tão péssima, só não queria ser eu.
  Estou com fome, mas não vou comer nada; porque quero que a dor física seja maior que a mental. Tenho medo que não seja. Não quero que meu sangue seja menor que minha lágrimas, sou fraca.
  Segure minha mão enquanto me suicido. Mas solte antes de se contaminar. Somo como espelhos retardados, não sejamos como espelhos retardados.
  Só queria poder entender, você, o mudo, um pouco de mim. Queria ser a destemida. Queria não morrer essa noite.
  Como deuses nos céus vocês brilham.
   Me faça ser maior do que sou. Me faça ser melhor do que eu possa ser. Me faça ser você. Como espelhos retardados.
   Luzes de sons. Tão doces. Rebobinam minhas lágrimas. Te vejo como um deus no céu. Poeira cósmica para todos os lados. ÁTOMOS, ÁTOMOS! FÓTON, FÓTONS! Você brilha como a primeira estrela da noite.
  Me eleve. Me leve ao seu pequeno universo. Talvez outras dimensões. Me sugue como buracos de minhocas.
  Você é tão doce como felicidade de criança. Nos faça ser como felicidade de criança. Que ser tão simples como uma sequência de lágrimas.
  Me parto em erros e medos, mas essa noite não quero ser eu, quero olhar a primeira estrela da noite.

O maior peso

  Às vezes me sinto como o pior erro já criado. Torço para que não possam ler minha mente, sentimentos guardados e escondidos. Um ódio em lacunas, não pisam no palco, talvez pelos meus olhos pisem.
  Perdi toda a paixão, para todos os cantos que olho, tudo me faz querer não existir. Acho que morrer é pouco. Preciso de uma falta de existência, ou a alegria na minha. É tudo tão maior que me sinto pequena. Uma existência inútil. Apenas erros.
  E você ... A maior beleza que encontrei, frágil. Tenho medo de te quebrar e não poder consertar. Um eterno brilho em meus olhos. A melhor coisa que eu posso tocar. Alguém que ainda me faz querer existir, apenas para te observar, para entender. Eu sei que você muda de tom para falar a cada vez que muda de sentimento, mas ainda não entendo o que rege sua mente.
  São medos tolos, ou não. Apenas medos, ser pequena. Não importa agora. O que importa para mim é o meu frágil rubi.
  Medo de ser engolida pelo tempo, de não ser você, de quebrar você. Medo. Só não quero ir embora pensando que poderia fazer melhor.

sábado, 19 de maio de 2012

Um novo sorriso

  As certezas passadas, viraram poeira no tempo. E tudo muda de uma forma boa, o rejeitado virou o melhor caminho que já segui.
  Por mais que o passado pese; é como desenhos na areia que o vento apaga. Creio estar em rochas sólidas agora. 
  Uma nostalgia de coisas que não vivi. Abraçando o vento finalmente, esse sentimento toma conta de mim. Por toda minha mente. Nos meus dedos dos pés ao topo; cada parte de mim, física ou não. É um novo sorriso em um dia horrível, daqueles que só seus amigos imaginários entenderiam.