sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!



   Feliz ano novo. E que todos os seus sonhos se realizem, muita paz, saúde, e tudo mais aquilo que as pessoas vão te desejar...
   

  Eu gosto e não gosto do ano novo. A coisa que eu mais odeio é abraçar as pessoas e ter que dizer as mesmas repetidas frases; isso porque eu não me importo se a pessoa vai realizar o sonho dela, ou se vai ficar rica e etc. Não quer dizer que eu quero que a pessoa pegue aids, fique pobre e todos a abandonem; eu só não me importo se esse ano vai ser melhor para ela, se mantiver num padrão estável, para mim já tá ótimo. E se em 2011, 2010, 2009... foi tudo a mesma merda, em 2012 não mudará tanta coisa. As pessoas são acomodadas demais para mudar drasticamente algo.
  Também odeio os fógos, é idiota. Odeio aquele barulho e aquele cheiro maldito, não é algo tão divertido. Só não acho pior do que ter que abraçar todo mundo; eu não sou boa em abraçar, cumprimentar... E o pior é quando o povo está bêbado e não me larga.
  Outra babaquice é usar só branco. Me dá vontade de sujar a roupa com o sangue da pessoa. É irritante ver as pessoas de branco parecendo idiotas supersticiosos. Se você quer que seu ano tenha paz e afim, faça algo que lhe traga isso, usar uma cor ou outra não fará diferença. 
  Mas eu ainda gosto desta festa. Tem comida boa e eu vejo algumas pessoas que senti falta. Acho muito bonito reunir a família e fingir que amamos todo mundo. E fazer votos que nunca cumpriremos - eu nem faço mais isso, não gosto de prometer nada. 
  Bom, um feliz a-mesma-coisa-de-sempre-porque-só-mudará-o-calendário-e-tudo-continuará-praticamente-igual para quem lê isso. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011 - parte 2

  Aqui tem algumas fotos de uns bons momentos. É bom recordar. 



Povo do filó \Õ/

Casamento da minha tia *-*

Nóis *--*

Ballet 

Mulekes Zicas do Pantano xD

Zoombie Walk xD

Campeonato no Corinthians *--* [/ignore o formato da minha cabeça.

2011

  (Prometo que logo mais pararei de falar da merda da minha vida e faço algo decente aqui.)

  Já que estamos no penúltimo dia do ano vou falar sobre 2011. Eu queria fazer um post xingando algumas poucas pessoas, talvez logo mais eu faça isso. Enfim:
  2011 foi um ano como qualquer outro, se observarmos direito. Tirando o conhecimento e amadurecimento que ganhei nesse ano, para mim não houve nenhuma diferença razoável. Talvez porque eu não tenha levado merda nenhuma a sério.
  Vamos começar pelas desgraças. Minha vó morreu, não me importei. A mãe de uma colega minha faleceu também, isso foi ruim. Um monte de gente morreu, enfim... descacem em paz. Perdi uma grande pessoa, e, também perdi contato com muita gente. Fiz 16 anos, e isso para alguém que não quer chegar aos 30 com vida, é muito. Estou velha, isso me preocupa.
  Não me lembro de mais nada tão péssimo. As coisas boas que ocorreram esse ano foram quase sempre relacionadas a minha nova escola e a internet. Graças a Deus saí daquele inferno que estudava. Nessa escola me sinto mais em casa, tirando o fato que eu nunca me sinto em casa, foi bem melhor do que os oitos malditos anos que passei naquela porcaria de escola. Conheci muita gente legal, bonita e interessante; o que é quase raro. Finalmente eu não sou a coisa estranhamente estranha da escola, ainda sou estranha, mas não sou a única.
  Mudei meu conceito do que é música realmente, ainda estou mudando. Finalmente consigo ouvir alguma coisa e dizer o que é realmente bom e o que vai passar. Acho que já estava na hora disso acontecer. Aprendi muitas coisas no violão/guitarra, não mais do que eu deveria ter aprendido, mas eu chego lá. Em relação ao ballet eu evolui. Não como gostaria, mas estou caminhando para péssimo e eu estava abaixo do "larga isso e vai procurar outra coisa para fazer".
  Li alguns livros, que mudaram totalmente minha visão de mundo. Auto-ajuda, para alguém do meu nível de burrice, ajuda muito. Também me apaixonei por documentários, principalmente os de conspirações. Acho que cresci com isso.
  A prendi com a vida; aprendi como é se sentir incapaz, como é ter a força e a vontade de mudar as coisas e não poder. Aprendi a ter paciência acima de qualquer coisa, e estou aprendendo a usar o cérebro. Percebi que o meu cérebro funciona de uma forma extraordinária, mas requer alguns segundo, é só eu pensar por uns instantes e ele me dá as melhores respostas. O ruim é que a vida requer agilidade, e cada segundo é precioso demais.
  Estou procurando um modo de usar minha intuição, ela sempre esteve estranhamente certa. Preciso achar um modo de controlá-la e limpar o que é pensamento e o que é ela. espero que ano que vem eu consiga.
  Percebi muitos erros meus, alguns não tenho a mínima intenção de arrumá-los, porém outros... Acho que esse foi um ano de tapas na minha cara. A melhor parte é que eu gosto da sensação pós essa dor. Chorei várias vezes, algumas sem motivo aparente. Estou perto de me tornar algo melhor, e esse caminho é pela dor.
  Uma coisa boa foi esse blog, que me deu um maravilhoso alívio emocional. Foi o meu melhor amigo e palco de lágrimas e risos. Deveria ter dito o que pensava em todos os post, mas o medo de algumas reações não me deixaram. Acho que minha bondade não está plenamente escassa. E isso vai ser uma das minhas metas ano que vem, quero falar o que realmente penso. É tão errado quanto certo, acho que o mundo precisa de verdade, porque é exatamente o que eles não querem ouvir.
  Amanhã (hoje, é porque ainda não dormi, então ainda estou no ontem) continuarei esse post.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Não tenho com quem falar essas coisas, ignore

  Deixei as palavras dentro fugirem. Apenas meu subconsciente falava, acessei uma parte que desconhecia. Minha mente me priva de algum sentimento, acho que isso é apenas um reflexo de traumas passados. Mas isso não acaba com nada, fingir que não existe não mudará nada de verdade. E por dentro haverá um peso.
  Há certas coisas que eu só posso aceitar. Eu sempre soube que a vida é injusta, nunca gostei me iludir. Mas o que me incomoda é não poder mudar. A única coisa que tem me motivado é o sentimento de poder. Mas exitem certas coisas que não vejo esperança. E tudo o que posso fazer é esperar. Paciência requer muita paciência; é algo que às vezes me falta. Mas às vezes a vida não dá opções, estou numa rua de mão única e não há como voltar.
  Agora eu sei o que quero e só há um caminho; suor, mudanças e paciência. A maior barreira é a falta de motivação. Eu não estou esperando alguém que me dê a mão e sorria para mim - bem que ajudaria muito -, estou procurando um motivo para ir. Porque apenas para minha felicidade não é suficiente. Eu sou um camaleão, como me disseram, me adapto a tudo. Poderia ser feliz até no inferno.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Dias

  As coisas nunca são como eu desejo. Todos os minhas vontades são contrariadas e ignoradas. Se eu não pedir ninguém faz, e, se pedir vão rir e ignorar. A minha felicidade depende apenas de mim, porque ninguém tem feito nada que me alegrasse; não os culpo, não tenho sido nenhuma trazedora de felicidade. Também não sei o que desejam, e sinceramente, não estou com vontade de saber.
 O P. tem sido a única coisa boa nesses dias. Talvez porque ele não exista. Minha mente se tornou muito mais agradável do que a realidade. Mesmo com toda pressão de meu subconsciente e as vozes que não param de apontar meus erros.
  É muito difícil obter controle sobre mim, tentei de várias formas. A raiva e a falta de paciência foram predominantes. Não gosto de machucar ninguém, mas há um monstro em mim, eu não consigo domá-lo. Eu sei que esse monstro sou apenas eu.
  Pessoas insanas estragaram os melhores momentos. Acho que estou deveras controladora, ou é apenas o meu mau humor que tem desejado tudo extremamente perfeito. Simplesmente palavras tem me dado ódio e atitudes mau pensadas me causam desdém.
  No fim do dia eu volto para a casa com as malditas vozes criticando cada ato meu e alheio. Talvez essa seja a fonte do stress. Sei lá.
  Tenho precisado de um abraço. Apenas um abraço forte de uma alma que lesse a minha. Mas há tantas máscaras em meu rosto que se eu não chorar ninguém verá minha tristeza. Mas ainda ei de encontrar alguém que consiga me ler com perfeição. Eu não cheguei nem perto disso, nem por um minuto. Mas a maldita esperança não morre.
  Também chorei pelos cantos. Sozinha, como de costume. Há muita pressão sobre mim, uma pressão aplicada por minhas mãos. Cada lugar que frequento, especialmente minha casa, tem me levado a uma crítica negativa. A falta de perfeição, minha e de outros, me deixa irritada. Sei que a perfeição é inalcançável, mas é exatamente isso que a torna perfeita.
  Acho que tudo que preciso é um tapa na cara, um sermão, um abraço, um ombro para chorar e alguém que me motive. Eu vejo tantos exemplos disso, apenas vejo, pois até agora as pessoas tem me tratado com indiferença. Esperava mais da minha mãe. Acho que não sou próxima de ninguém a esse ponto.
  Novamente a esperança continua viva. E não há nada que tire esse desejo de mim. Sou solitária e sonhadora, isso não dá certo; mesmo tendo mais pessoas ao me redor do que eu possa desejar, me sinto só o tempo todo. Isso me fez tomar algumas medidas: eu sou o motivo para mim, apenas eu, amigos imaginários são melhores que reais em muitas situações - eles não fazem me sentir só-, e ser como um pai e mãe para mim - extremamente rígidos e compreensivos quando possível. A única coisa boa é que eu aprendi a sorrir com isso.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O maestro

  Andamos todos como bêbados cegos. A trilha nos leva a um precipício, e cairemos no vácuo como nossos avós e pais. Ninguém entende a música, mas todos dançamos conforme o maestro. E aos que a embriagues passou, lutam contra música em seus corpos e gritam aos bêbados, mostrando-nos o caminho a se seguir; estamos tão bêbados de orgulho que apenas nossos passos estão "certos". E rimos dos sóbrios sem saber a morte nos espera no fim.
  Gritamos uns com os outros e matamos para nos fazer sábios, mas o único que manda é o maestro. Cantamos suas notas achando que vem de nossa garganta, mas mesmo antes de nascer os olhos foram arrancados e o cérebro também. Nos dão vinhos e incontinência, nos fazem pensar que a vida é apenas prazer e comida. Nos privam da liberdade mental, mostram apenas o que querem que vemos.
  A única fuga é o conhecimento, mas estamos ocupados demais gozando da vida. Nos fazem queimar os livros e ignorar a verdadeira história. Modificaram a ciência ao seu favor; a única "verdade" comprovada são as deles. O resto é mentira, e nos fazem rir de pensamentos diferentes.
  Não importa no que você acredita, você só pensa assim porque eles te fazem pensar assim. Não importa aonde você se esconda, eles acharam cada parte de verdade sua.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sei lá

  Na extremidade da ponta de um precipício encontro todos os meus sonhos no chão. Partes de uma carta velha me lembram como eu era quando os medos eram menores que o meu sorriso. Se eu cair daqui talvez flutue antes de morrer.
  As festas se tornaram tristes, já não me lembro mais de quando eu me divertia de verdade. Os amigos que eu mais confiava me traíram. É tanta desgraça que a tristeza se tornou meu sentimento de repouso. Mas não estou pedindo ajuda de ninguém e muito menos esperando uma compaixão.
  É uma questão de tempo. Eu me reerguerei! Eu não nasci para ser uma pessoa pequena. Meu sonhos não são descartáveis, perder e aceitar não é uma opção pra mim. Tudo o que eu preciso é do meu suor e sangue. Eu sei que posso.
  Não me importo o quão verme eu seja; lagartas se transformam em borboletas, eu me transformarei no que desejo. Só preciso abandonar todo o meu mundo, mas isso é muito fácil quando não se tem motivos para continuar nele.
  Eu não preciso de ninguém aqui para me levantar quando cair. Não sinto falta do que não tive e nem sentirei. Talvez invejarei as pessoas que tem, mas amigos imaginários nunca me faltaram. Parece horrível, e é; mas eles foram mais fiéis do que todos que conheço.
 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vultos I

  Dou um passo lento. Se rumo. Sob um vagabundo teto vagabundo, quase aos pedaços, escuto um piano, quase morto. Não há mais ninguém aqui, ninguém vivo, mas os espíritos gostam de Beethoven. Vultos negros passam entre as paredes. Num cenário cinza e sem vida, goteiras pigam no ritmo dos espíritos.
  Cada nota rouba um pedaço meu. Começa a dominar minha mente, e, simplesmente me esqueço da felicidade.  Por dias fiquei parada, olhando o som sumir no ar. E a goteira se tornou chuva, mas tudo se esvai. O sol entra por um rasgo na cortina, mas a luz parece treva; deixou o lugar mais fúnebre quando iluminou as rachaduras.
  Os quadros passaram a falar, os olhos expressivos gritam. E os gritos que surgem do outro lado da portam incomoda meus ouvidos. Beethoven é mais agradável!